Eu juro que tento ser forte. Tento não pensar tão negativamente nas coisas e, sobretudo, não me iludir com certas atitudes. Mas o meu pior defeito é ser demasiado transparente. É como se tivesse escrito na testa tudo o que sinto, sem conseguir disfarçar ou pôr esse sentimento de parte. E se há algo que não consigo esconder é a desilusão. Entranha-se na minha pele e toma o seu lugar, ficando à disposição de olhos alheios. Muitas vezes, faz com que pareça uma pessoa fria, mal-educada até, quando na verdade os meus olhos apenas se querem encher de lágrimas, porque o coração está a sentir demais. Dor a mais.
E o desafio chega ao fim! Foram dez dias que me permitiram relembrar o passado e desejar um futuro. De tudo o que já vivi e tudo o que espero ainda viver, só tenho uma confissão a fazer:
- Tenho medo de nunca vir a ser verdadeiramente feliz.
Se há coisa que adoro fazer é estar sozinha em casa com boas séries para ver, bons livros para ler e um miminho chamado Oliver para dar atenção.
- Férias.
- Descanso.
O desafio do dia de hoje foi bastante complicado para mim. Não há realmente algo que queira esquecer. Tudo o que já me aconteceu na vida, de bom ou mau, guiou-me para a pessoa que sou hoje. São momentos que fazem parte de mim e que, de alguma forma, me deixaram mais forte. Ainda assim, aqui vai!
- O dia em que soube que a minha avó tinha cancro da mama. Queria esquecer se isso significasse que ela estaria bem agora.
- A primeira vez que me partiram o coração.
- A minha primeira negativa a Matemática!
São poucos os anos de vida ainda, mas este é um resumo daquilo que me fez sorrir e chorar e que nunca esquecerei.
- No meu último aniversário, o meu pai fez-me a maior surpresa de sempre e apareceu de surpresa em nossa casa. Já não o via há sete meses porque ele estava, e está, a trabalhar em Angola.
- 11.11.11 & 10.03.2014. Dois concertos, uma banda! Scorpions é uma das melhores bandas de sempre e eu tive o privilégio de os ver duas vezes. Duas vezes!
- No meu 10º aniversário, nadei com golfinhos no Zoomarine, em Albufeira. Presente do meu padrinho. Uma experiência para a vida!
- Há uns anos atrás, os meus pais tiveram um acidente de carro. Um condutor adormeceu ao volante e embateu de frente no carro dos meus pais. Quando soube da notÃcia o meu mundo desabou. Chamem-lhe milagre ou pura sorte, mas os meus pais saÃram praticamente ilesos e pelo próprio pé de dentro do carro que ficou totalmente destruÃdo na parte da frente.
Daqui para a frente, o caminho é incerto. O tempo não é eterno e eu dava tudo para que fosse. Não sei, não imagino e não quero sentir a perda de alguém. Esse é e sempre será o meu maior medo. Perder aqueles que amo. Perder e perceber que uma parte de mim já não existe e é apenas uma memória. E sim, todos dizem que é o ciclo da vida e isto e aquilo. Foda-se o ciclo da vida. Eu quero essas pessoas comigo para sempre! As pessoas que me viram nascer e dar os primeiros passos. Aquelas que passaram noites sem dormir sempre que adoeci. As pessoas que me deram um ombro amigo para chorar e milhões de motivos para sorrir. Aquelas que cuidaram de mim, sem pedir nada em troca. As pessoas a que chamo famÃlia, com todo o orgulho. Aquela famÃlia perfeita, à nossa maneira.
Como é que é suposto seguir em frente sem esse apoio? O que fazemos quando nos tiram isso?
Como é que dizemos adeus a quem não queremos perder?
A lista das pessoas mais importantes da minha vida não é longa, mas nem todas cabem nesta lista. Não é uma questão de serem menos ou mais importantes. Simplesmente, desempenham papéis na minha vida sem os quais não consigo viver neste momento.
- Paps.
- Mams.
- Avó.
- Raquel.
- Ana.
- Acabar a licenciatura.
- Arranjar um emprego.
- Fazer paraquedismo.
- Adoptar duas ratazanas.
- Visitar todos os continentes.
- Ser mãe.
Eu sou uma pessoa que nunca pára quieta mentalmente. Estou sempre a fazer planos (maior parte deles nunca são postos em acção!), antes de adormecer escrevo sempre um texto na minha cabeça e é assim que muito do que aqui escrevo é elaborado ou, simplesmente, penso na vida e nas pessoas que me são importantes de uma forma que não consigo explicar por palavras.
- Avó.
- Paps.
- Oliver.
- Faculdade.
- Ratazanas! (nos últimos tempos)
- Passado.
- Futuro.
Há tanta coisa neste mundo para descobrir. Tantos lugares, tantas pessoas, tantas sensações. Há tanto que podemos fazer no nosso presente, com a nossa mente, pela nossa liberdade. Não deixemos que isso nos escape entre os dedos.
Sou a tÃpica romântica incurável. Adoro os "viveram felizes para sempre" e espero pelo dia em que o meu chegue.
- Muito amor.
- Sinceridade.
- Simplicidade.
- Cumplicidade.
- Segurança.
- Sorrisos.
- Flores.
- Mais amor.
Enquanto isso, deixo-vos aqui algumas curiosidades sobre mim.
- Pequena.
- Demasiado insegura.
- Viciada em séries.
- Estudante de Matemática Aplicada.
- Amante de vinho branco.
- Menina do papá.
- Benfiquista.
- Perfeccionista.
- Mariquinhas.
Decidi começar de novo um desafio que já realizei há uns anos atrás, no meu antigo blogue. Durante 10 Dias, irei publicar algumas curiosidades sobre mim. Achei interessante voltar a fazê-lo depois de tanto tempo. Desafio-vos a participarem também e, claro, avisem-me para poder ver o resultado!
- Queria que fosses eterna.
- Wish you were here, Paps.
- Obrigada, Mams!
- Somos irmãs de coração e eu não te trocava por nada!
- Estiveste sempre por perto sem pedir nada em troca.
- Para sempre!
- Cricas, se estiveres a ler o meu blogue, é só para saberes que gosto muito de ti!
- Não acordes para a vida que não é preciso.
- Tenho saudades tuas, mas também não tenho vontade de estar contigo.
- A todos os que me visitam, que me seguem e que deixam aqui as suas calorosas palavras, não há forma suficiente para vos agradecer!
Por algum motivo, voltei atrás no tempo e desejei com todas as minhas forças ser capaz de alterar aquele momento. Dar-lhe mais intensidade. Porque nós estávamos ali os dois sozinhos e eu queria ser feliz. E eu estava carente e podia, simplesmente, ter-te roubado um beijo. Não seria a primeira vez, mas, desta vez, não seria uma simples brincadeira de alguém com álcool a mais no sangue.
Ainda assim, foi apenas uma calma viagem de carro até à porta da minha casa e rimos porque não deixaste o carro ir abaixo e não implicámos muito um com o outro e estávamos demasiado cansados daquela noite fria.
E porque razão estou eu a pensar em ti desta forma?